A VERDADE OCULTA DA HISTÓRIA DA BATALHA DO CUITO CUANAVALE

 Assinala-se hoje o 34 anos de memória as vítimas da batalha do cuito cuanavale

Angola comemora hoje dia 23 de março, 34 anos desde dia do grande conflito até a data atual, de recordar que esta batalha só teve um ano de duração e ceifou mais vidas doque todas doenças juntas que já vigoraram cá em angola, e esta data é tida como o dia mais sangrento daquela que foi considerado por muitos como a pior das batalhas que angola já teve, para muitos a batalha do Cuito Cuanavale é daquelas batalha que só de recordar já nasce na pele um calafrio, reza a história que no ano de 1987 angola começou a viver um clima de poderio, tudo porque os angolanos vinham duma grande e a melhor das batalhas que é a independência total do regime colonial, que vigorava em angola a mais de 500 anos.

O clima de instabilidade em angola começou a ganhar voz bem no dia da tão almejada proclamação da tão sonhada independência total de angola que historicamente data de 11 de Novembre de 1975, onde o Mpla sobre o comando do Dr. António Agostinho Neto proclamava a independência em Luando, e a Unita sobre o comando do Dr. Jonas Manheiro Savimbi procalamva no Huambo e o FNLA sobre o comando do Orden Roberto no Ambriz. No entanto, a proclamação de independência do MPLA só viria a ser reconhecida pela comunidade internacional

Após a derrota destas tentativas, Kinshasa, passa a ser a plataforma onde se jogam as alianças de ocasião para substituir o governo português em Angola. A 11 e 12 de outubro realizaram-se na capital do Zaire reuniões entre uma delegação portuguesa e Mobutu e também com uma delegação da FNLA, onde foi decidida a cessão das hostilidades. A 21, uma delegação portuguesa terá conversações com uma delegação do MPLA, presidida por Agostinho Neto. Na sequência dela o MPLA anunciou o fim da luta armada. A 23 de novembro, a FNLA reuniu-se com a UNITA também em Kinshasa e estabeleceram um acordo, que deixa o MPLA preocupado. No entanto, também assinara um acordo com a UNITA, a 18 de dezembro.

No final do ano de 1974 os três movimentos de libertação haviam estabelecido acordos entre eles para negociarem com Portugal. A preocupação dos movimentos era a de, dada a sua fraqueza militar e política, ser organizada uma resistência branca em Angola que os impedisse de aceder diretamente ao poder. O acordo entre os três movimentos para negociarem com o governo português foi feito em Mombaça, em 5 de janeiro. Logo a seguir realizam-se as conversações de Alvor que conduzem a um acordo entre Portugal e os três movimentos de libertação.

O processo de transição de Angola para a independência inicia então uma nova fase, com o regresso do almirante Rosa Coutinho a Portugal e a nomeação do brigadeiro Silva Cardoso para alto- comissário e presidente do governo de transição em Angola.

O Acordo de Alvor define um modelo de transferência de poderes e cria os instrumentos-base do esforço comum para que Angola se venha a tornar um estado independente a 11 de Novembro de 1975. Contudo, os interesses brevemente silenciados, não tardarão a fazer ouvir a sua voz, desfazendo em migalhas as esperanças de Alvor. Sem que a data da independência viesse a ser posta em causa, o edifício constitucional laboriosamente construído durante as conversações acabará rapidamente por ruir e o Acordo será suspenso, depois de sistematicamente posto em causa, a partir de Setembro de 1975.

À data da independência, o território angolano encontrava-se dividido entre os três movimentos nacionalistas, pelo que todos proclamaram unilateralmente a independência. O MPLA, depois de vencer a batalha por Luanda, proclamou aí a independência de Angola, pela voz de Agostinho Neto. E só este movimento veio a ser reconhecido pela comunidade internacional, tendo Portugal reconhecido a República Popular de Angola apenas em 22 de fevereiro de 1976, depois de mais de oitenta países o terem feito. No entanto, a proclamação de independência do MPLA só viria a ser reconhecida pela comunidade internacional.

O "23 de março" marca a data do fim da batalha do Cuíto Cuanavale, na província do Cuando Cubango (sul de Angola), o maior conflito militar da guerra civil angolana, que decorreu entre 15 de novembro de 1987 e aquele dia de 1988, que opôs os exércitos das Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA), do Governo, apoiados por Cuba, e das Forças Armadas de Libertação de Angola (FALA), da UNITA, com apoio da África do Sul.

Segundo o executivo de Luanda, o fim da batalha marcou um ponto de viragem decisivo na guerra, incentivando paralelamente um acordo entre sul-africanos e cubanos para a retirada de tropas e a assinatura dos Acordos de Nova Iorque, que deram origem à implementação de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, levando à independência da Namíbia e ao fim do regime de segregação racial ("apartheid"), que vigorava na África do Sul.

Para celebrar a efeméride, que decorrerá sábado no Cuíto Cuanavale, o Governo angolano convidou todos os chefes de Estado da SADC para uma cerimónia simbólica, estando confirmada a presença de três deles - Botsuana (Mokgweetsi Masisi), Namíbia (Hage Geingob) e Zâmbia (Edgar Lungu), bem como "quase" da África do Sul (Cyril Ramaphosa) -, desconhecendo-se, porém, mais pormenores sobre o evento.


 

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